Santana representação do
passado
A flor de lírio na janela
Tijolos aparentes da
representação divina
A rosa na lapela
No casarão da alquimia,
engenhosos seres
Místico rio de pedras negras
preciosas
Negas o presente e arrastas o
passado
Ao cruzar teu leito, Cachoeira
do Paraguaçu
A celebração nos saúda no 2
de julho
Passageiros da viagem
planetária
Unidos na branca barca da
Cachoeira
Pelas ruas de Santo Amaro, um
verso, uma canção
A luminosa arca sobrevoa a
Purificação
Na flutuante Agartha
transborda seus passageiros
E na oitava estação vai fazer
celestial transformação
Minha viagem, tua viagem,
viagem de todos nós
Nazaré tua casa sem teto
Teu chão na lama
Teu céu reclama
E em pingos derramas o ouro
Teu mais precioso tesouro
A alva goma do Santo de Jesus
A farinha clareada
transformada
Maia manifestação no humano
A sulanca na banca
O humano na lama
Amargosa abre o céu em
arco-íris
Infindas cores o teu céu
anuncia
Que as pombas partiram, e as
crianças chegaram
Profetizando as sementes do
futuro
Carro casa pelo espaço corre
Apontas a carruagem que voa
No estrelado céu dos Brejões
Resplandece o cruzeiro do sul
E o Olho do Eterno aparece
Carro barca que viaja de
Itaparica a Itaparica
Cortando serras, subindo
montes
Abrindo portas, surgindo
fontes
Mostrando gente nas suas casas,
nas suas salas
De recôncavo em recôncavo
Vizinhas cidades visitamos
Bem vindos filhos amados
De volta à barca materna
Em tua nave entramos
No ventre da terra adentramos
Em tua casa moramos
Mãe dos peregrinos
Tu acolhes a natureza divina
dos teus filhos
E põe no teu colo iluminado,
o renascido da luz
Ventre de ouro do Sol nascente.
Mãe terra
Mãe luz
Mãe de todos nós
Jacinta Maria Siebra
Brito
Itaparica, 08/07/2012
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