quarta-feira, 25 de julho de 2012

JOANA DO BRASIL




Duas mulheres ao tanque
Mulheres que banham sua criança
Duas Marias na pia
Na pira, banham a menina de Luz

Ó Pai! Pai do pai, meu Vô
Tu passas por entre as Marias
Um reflexo de luz se refaz num instante
O tempo remoto retorna o tempo presente
Eis que surge um lampejo do que foi e É...
E para as mulheres a esperança anuncia...
- Essa menina é preta.

A Mãe das Marias seu protesto pronuncia...
- Como pode?!
- É branca!
Alva como névoa na cachoeira
Tem olhos verdes como as matas da mantiqueira
No amanhecer do céu dos Brejões, são azuis
Cabelos com fios dourados como o sol da Purificação

Como pode dizer assim?!

“Essa menina é Joana da Arca
Joana de Agartha
Joana d’Arc
É Joana do Brasil”

Agora guerreira brasileira
A chama que queima na pira das cidades Agarthinas
A viajante da flâmula
Pelas terras e ilhas Brasileiras
De Niterói a Itaparica
Peregrina dos peregrinos
Ostentas a tua espada...
E num brado retumbante
Um chamado constante ressoa
Nos portais do Roncador

As mulheres Marias
Em prece se anunciam
São Marias dessa nação
Filhas da mesma Maria
Nascidas do coração

Desse solo Brazis
Pombas em bando revoam
De Amargosa a Conceição do Rio Verde
Em busca de Água Boa
Vertentes do Bem e da Aventurança

O despertar do teu alvorecer
Exala mirra, alfazema e benjoin
O porvir da Bela Aurora
Marias do Sol do Novo Mundo
Construindo a terra Boa

Nas sinuosas curvas da tua natureza
Ó Terra Brasil!
As montanhas descrevem
As rochas pontuam
Os rios sinalizam os caminhos da sublimação
Avante Joana do Brasil!

Autoria: Jacinta Maria Siebra de Brito
Brejões, 07-07-2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário